domingo, 26 de abril de 2015

Nepal, um apelo

O Nepal é um país pobre, mas não miserável. O povo sorri, sem economia, para todos. É hospitaleiro de nascença. Abre a casa aos desconhecidos. As tradições da terra me encantam: festival das luzes, ano-novo, dia em que os homens trocam de papel com as mulheres, a deusa viva da Durbar Margh, em Kathmandu, que resolve todos os problemas de ordem amorosa, financeira, de dor de cotovelo e doenças. O terremoto de ontem trouxe o caos justamente à parte mais populosa do país e também a mais bela. Muita gente morreu. A atual contagem de 2000 mortos deverá subir, e muito. As pequenas vilas que escalam os Himalaias ainda revelarão muitos corpos. Ao redor de Pokhara, um dos mais belos cenários do planeta, há lugares aonde se chega apenas a pé, após três, quatro dias de caminhada. Os estragos só serão revelados durante a semana. Poucos conhecem Ulleri, Jagat, Dharapani, Pisang, Manang, Muktinath, Lete, Ghandrukh, Ghorepani, Tatopani, mas ali vive gente encantadora. Gente que merece a solidariedade do mundo. Gente como a gente em extrema necessidade. O Nepal, conhecido como Shangrilá, é um paraíso que hoje precisa da ajuda da Terra.

Um comentário:

Dri disse...

Que aventura ao contrario......... muito triste.