terça-feira, 28 de abril de 2015

Caminhando pelo Nepal

Enquanto caminhava pelo vale do Annapurna, a mais de 4000 metros de altitude, como em permanente meditação transcendental, eu invadia o Nirvana, curtia o vazio. Sentia-me não parte do mundo, mas o próprio mundo. O ar corria em minhas veias; o céu era minha pele; as montanhas, meus ossos; as matas, meus pelos. As aves tinham meus olhos, eu pairava sobre o Himalaia, vasto como a atmosfera, fruía as correntes de vento. A beleza da paisagem impregnava meu corpo, meu corpo se espalhava na paisagem. Eu era tudo, estava em tudo e tinha tudo em mim (trecho de meu livro de viagens "Retalhos do Mundo", no capítulo que fala sobre o Nepal)

Um comentário:

Caio disse...

integração total com o espaço. isso é que faz do homem um ser especial e não simplesmente espacial.